segunda-feira, 26 de maio de 2014

Platelmintos



Os platelmintos são animais pertencentes ao filo Platyhelmintes, inclui aproximadamente 20.000 espécies viventes. Incluem formas livres e parasitárias (ectoparasitos ou endoparasitos), mas seus representantes livres são apenas encontrados na classe Turbellaria. Todos os membros das classes Monogenea, Trematoda e Cestoda são parasitas.

Os Platyhelmintes caracterizam-se por apresentarem uma extremidade anterior aos órgãos sensitivos e de fixação e uma extremidade posterior. São acelomados, ausência de ânus e aparelho respiratório, podem ou não apresentar tubo digestivo, têm sistema excretor tipo protonefrídico e possuem suas cavidades, entre órgãos, preenchidas por tecido conjuntivo. Platelmintos são organismos protostômicos, triploblásticos, achatados dorsoventralmente e os primeiros animais na escala evolutiva a apresentarem segmentação corporal.

Platelmintos de vida livre são principalmente predadores e vivem na água ou em ambientes terrestres úmidos sombreados. Os cestódeos e os trematódeos têm ciclos de vida complexos. Quando adultos, vivem parasitando o sistema digestivo de peixes ou vertebrados terrestres. Na fase intermediária infestam hospedeiros secundários. Ao contrário dos outros grupos, os monogênicos são parasitas externos que infectam animais aquáticos.

Devido ao fato de não apresentarem cavidades internas do corpo, os platelmintos foram considerados como um estágio primitivo na evolução dos bilatérios. Os platelmintos foram redefinidos em dois subgrupos monofiléticos, Catenulida e Rhabditophora, com Cestoda, Trematoda e Monogenea formando um subgrupo monofilético dentro de um ramo da Rhabditophora. Sendo assim, os turbelários formam, portanto, um grupo parafilético.

As espécies parasitas de platelmintos fazem, em sua maioria, um mal enorme para os seres humanos e animais. A esquistossomose, causada por platelmintos do gênero Schistosoma, é a segunda doença humana causada por parasitas mais devastadora de todas, superada apenas pela malária. A neurocisticercose, que surge quando larvas da Taenia solium entram no sistema nervoso central, é a principal causa de epilepsia adquirida em todo o mundo. A infestação por esses parasitas ocorre, principalmente, pela ingestão de alimentos mal cozidos, águas contaminadas e condições baixas de higiene.

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